Em reunião on-line, a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba avisou na tarde desta quinta-feira, 27, mais de 50 representantes de setores econômico e médico que a bandeira vermelha será decretada na Capital. "Nunca esteve tão certo que a bandeira vermelha será decretada, porque a cidade nunca viveu um momento tão difícil. Estão faltando medicamentos. Os médicos disseram que já estão tendo que escolher quem entuba e quem não entuba", disse a presidente da Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Esporte da Câmara de Curitiba, vereadora Noemia Rocha (MDB), que participou da reunião. A bandeira laranja vence nesta sexta-feira (28), quando os detalhes da nova bandeira serão divulgados.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), Fabio Aguayo, durante o encontro administração municipal deixou clara a situação crítica da doença na capital. “A situação está mesmo fora de controle, colapsada, mas isso estamos vendo desde o começo. Agora as pessoas estão mais cansadas e muitas vezes desistindo e é isso que a gente não quer. O que queremos aqui é razoabilidade. Durante a reunião ficou claro que precisamos colaborar porque o inimigo é um só, a Covid”, disse ele.  A Associação Comercial do Paraná (ACP), em nota, criticou duramente a mudança para bandeira vermelha: "O comércio é um ambiente controlado, seguro e devidamente fiscalizado. O mesmo não verifica no transporte coletivo. Já sugerimos que se limite a ocupação dos ônibus e que se transporte apenas passageiros sentados, mas os veículos continuam cheios, colocando em risco os usuários. Até mesmo a suspensão total do transporte coletivo seria uma medida menos danosa para a sociedade e para a economia do que um lockdown, pois se reservaria o direito de transporte aos trabalhadores dos setores imprescindíveis, como área médica, abastecimento de água, energia, gás, combustível, segurança pública e outros. As empresas procurariam se adaptar para o transporte de seus funcionários", afirmou a associação, em nota. 

Fonte: Bem Paraná