Caged: empregos com carteira assinada crescem 29% em junho

Notícia publicada em 02/08/2024

O saldo de empregos gerados com carteira assinada no país cresceu 29% em junho, em comparação com o mesmo mês de 2023. Foram mais de 201 mil postos de trabalho, segundo os dados do novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira (30).

No mês passado, foram mais de 2,7 milhões admissões, com 1,8 milhão de desligamentos. O total de empregados com carteira assinada no país cresceu 0,43% em relação a maio, chegando a 46 milhões e 817 mil trabalhadores formais. Esse número é o melhor para meses de junho desde 2002. O acumulado da geração de empregos formais chegou a 1,3 milhão neste ano.

Para o ministro do trabalho, Luiz Marinho, o número de empregos poderia ser ainda maior, se houvesse a queda dos juros.

“Não há razão para não retomar, de novo, a redução dos juros. Então, assim espera, que os colegas do Banco Central, de fato, tenham olhar do que está acontecendo na economia, no mercado de trabalho, na indústria, no mundo real, e possa retomar a redução dos juros, que isso ajuda bastante, tanto a crédito, como investimento. Investimento pressupõe gerar emprego. Isso é o que nós  esperamos”.

Segundo os dados, todas as atividades econômicas aumentaram o número de contratados. Os destaques foram as áreas de serviços, com mais de 87 mil postos de trabalho; do comércio, 33 mil; e da indústria com 32 mil.

O Rio Grande do Sul, que ainda se recupera das consequências das enchentes históricas, é o único estado com saldo negativo de emprego, com menos 8.569 postos de trabalho.

O ministro Luiz Marinho disse que a tendência é de recuperação do estado nos próximos meses.

“Vamos observar o mês de julho, que que acontece. Acho que ainda sobrará no negativo, mas uma tendência é ir se recuperando. É possível que já tenha setor estabilizado, então a nossa expectativa é que, em especial, a partir dos projetos virando obras, especialmente na ala da construção civil, comece a recuperar e a gente entra o ano que vem de forma positiva”.

O Amapá é o grande destaque entre os estados, com variação positiva de 2,20%; seguido do Mato Grosso, com ampliação 1%.

Já os salários médios tiveram uma ligeira queda de 0,24%, totalizando R$ 2.132.

O número de homens contratados foi maior que o de mulheres, sendo 112 mil, frente a 89 mil trabalhadoras.

Com relação ao grau de instrução, apenas o número de empregados com curso superior completo caiu, com menos 832 postos de trabalho. Sendo os empregados de ensino médio tiveram a maior alta, 152 mil contratados.

Os empregados criados foram, em sua maioria, com remuneração de até dois salários mínimos. Já os trabalhos formais com renda maior que esta, tiveram quedas em todos as faixas salariais.

O número de requerimentos de seguro-desemprego também caiu, e foi o menor do ano, com 592 mil solicitações.

Edição: Roberta Lopes / Fran de Paula

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