O Ministério Público Federal (MPF) informou, nesta quarta-feira (3/2), que a força-tarefa da Lava Jato no Paraná, após quase sete anos, deixou de existir. Alguns procuradores, no entanto, passam a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
No total, foram 1.450 mandados de busca e apreensão, 211 conduções coercitivas, 132 mandados de prisão preventiva e 163 de temporária. Entre os alvos da força-tarefa, estava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi denunciado por lavagem de dinheiro e corrupção.
Em portaria assinada em 7 de dezembro do ano passado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) integrou, ao grupo de cinco membros do Gaeco, outros quatro procuradores do Paraná, ex-integrantes da força-tarefa, com mandatos até agosto de 2022. Agora, são nove membros.
O Ministério Público garantiu, no entanto, que os procuradores continuarão os trabalhos da Lava Jato no Gaeco. “Cinco deles se dedicarão aos casos que compunham o acervo da força-tarefa, estando quatro desses membros desonerados das atividades dos ofícios de origem.”
Outros 10 membros permanecem designados para atuação em casos específicos ou de forma eventual até 1º de outubro de 2021, sem integrar o Gaeco e sem dedicação exclusiva ao caso, trabalhando a partir das lotações de origem.
Em julho de 2020, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse, durante debate virtual promovido por um grupo de advogados, ser necessário “corrigir rumos” da Lava Jato. “Agora é a hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure”, disse.
“A correção de rumos não significa redução do empenho no combate à corrupção. Contrariamente a isso, o que nós temos aqui na casa é o pensamento de buscar fortalecer a investigação científica e, acima de tudo, visando respeitar direitos e garantias fundamentais”, completou.
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