O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anunciou nesta terça-feira (7) uma atualização de metodologia e amostras de suas pesquisas setoriais.
O órgão divulgará, no final de março e na primeira quinzena de abril, a PIM (Pesquisa Industrial Mensal) Brasil e Regional, a PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) e a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) para o mês de janeiro com novas séries históricas.
Conforme o IBGE, trata-se de uma atualização já prevista e recomendada para captar mudanças econômicas que influenciam a rotina da sociedade. Esse tipo de procedimento é implementado ao longo dos anos pelo instituto.
As séries históricas anteriores serão encadeadas com as novas para formar “séries temporais longas e consistentes”, afirmou o IBGE.
PIM ampliará amostra e estados No caso da PIM, a amostra contará com 8.596 empresas e 12,5 mil unidades locais, frente a 6.100 e 7.800 do modelo anterior, respectivamente.
Já a quantidade de produtos pesquisados passará de 944 para 1.042, sendo 789 para o Brasil e mais 253 selecionados em função da relevância regional.
“Alguns produtos não selecionados para o Brasil podem ser escolhidos para alguma unidade da federação ou região. Por esse motivo, o conjunto de produtos que fazem parte do índice nacional é inferior ao do total pesquisado”, apontou o IBGE.
A atualização foi feita a partir do cadastro de empresas e produtos da PIA (Pesquisa Industrial Anual) de 2019. A PIA também é realizada pelo instituto e permite a identificação das características estruturais da atividade industrial brasileira.
“Embora não seja a última edição da pesquisa, optou-se pela PIA de 2019 devido ao fato de 2020 ter sido um ano atípico em decorrência da pandemia”, disse o coordenador de Pesquisas Conjunturais em Empresas do IBGE, Flávio Magheli.
Outra novidade da PIM é a inclusão de três novos locais: Rio Grande do Norte, Maranhão e Mato Grosso do Sul.
PMC incluirá atacarejo No caso da PMC, uma das principais atualizações é o acréscimo das atividades de atacado especializadas em alimentos. São os chamados atacarejos.
Até então, não eram investigadas as receitas dos supermercados classificados como comércio atacadista, e uma parte importante das vendas nesse segmento não era identificada, segundo o IBGE.
“É uma mudança importante, porque são empresas que ganharam força durante a pandemia e, ao incluí-las na pesquisa, passamos a ter um retrato mais aprimorado da atividade de varejo e atacado de alimentos”, disse Magheli.
“Isso está relacionado às mudanças de consumo porque, em um ambiente de inflação e de queda da renda, as famílias passaram a consumir ou aumentar o volume de consumo nessas empresas classificadas como atacado”, acrescentou.
PMS terá dados separados para alojamento e alimentação A PMS, por sua vez, passará a divulgar as informações de alojamento e alimentação em duas séries diferentes -uma para alojamento e outra para alimentação. Atualmente, as duas atividades são agregadas nos cálculos.
Os ramos de alojamento e alimentação englobam empresas como bares, restaurantes e hotéis, que sofreram com a chegada da pandemia e mostraram retomada com o fim das restrições da crise sanitária.
A separação é uma das medidas que visam ampliar o detalhamento das informações.
Fonte: O Estado de Minas
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