O brasileiro viu seu custo de vida aumentar significativamente ao final de 2020 devido à expansão dos preços num contexto em que a pandemia de COVID-19 já vinha impondo a perda ou estagnação da renda para muitas famílias.
Especialistas avaliam que, neste início de ano, a inflação deve comprometer ainda mais o orçamento familiar, pois estão previstos novos reajustes nos planos de saúde, nos aluguéis e em itens que fecharam o ano passado em queda, como os combustíveis.
Mesmo abaixo do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o ano, que era de 5,5%, o indicador foi o maior desde 2016. Um dos principais impactos para os consumidores em 2020 foi a elevação de 14,09% nos preços de alimentos e bebidas, a maior expansão desde 2002.
Ele explica que inflação no preço dos alimentos é resultado do aumento da demanda mundial e de um novo ciclo de desvalorização cambial, em que o real se enfraqueceu perante o dólar, impactando o preço das commodities, cotadas na moeda americana.
Outros itens importantes na cesta das famílias também subiram expressivamente, entre eles, o leite longa vida (26,93%), frutas (25,40%), carnes (17,97%), batata-inglesa (67,27%) e tomate (52,76%).
Na capital mineira, o valor da cesta básica, que representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimentação, chegou a R$ 566,80 em dezembro passado, valor 22,09% superior ao mesmo mês de 2019, segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG), que acompanha os índices de preços na capital mineira.
A tarifa de energia elétrica residencial, que subiu 10,10%, também contribuiu para o aumento nas despesas das famílias no último mês do ano.
Ela credita à pandemia a mudança no comportamento do índice de preços em 2020 e não vê alteração em curto prazo. Para Thaize, além da inflação, a quantidade de contas em janeiro faz o consumidor brasileiro olhar com pessimismo para este início de ano.
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